O samba é fruto da mistura de batuques de músicas africanas, que foram trazidas pelos negros escravizados, com músicas europeias como a polca, valsa, mazurca e o minueto. Surgiu no Brasil, mais precisamente na Bahia no século 19, criou raízes e se desenvolveu no Rio de Janeiro. Suas letras falam sobre a vida e o cotidiano das populações que vivem na cidade, destacando-se os mais pobres.
Após a abolição, muitos negros migraram para o Rio de Janeiro em busca de trabalho. Assim como a capoeira e o candomblé, o samba também era visto com desconfiança e criminalizado por ser entendido como uma manifestação cultural africana. Dessa forma, os negros começaram a fazer suas festas em casas de “tias” e “avós”, matriarcas afrodescendentes que acolhiam os batuques. Um dos lugares mais conhecidos do Rio de Janeiro era a Casa da Tia Ciata, mãe de santo carioca.
Não se sabe ao certo a origem da palavra “samba”, mas talvez venha do termo africano “semba”, que significa “umbigada”, um tipo de dança feita pelos negros escravizados durante seus momentos de folga.
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Batuque, J.M, Rugendas, retratando pessoas escravizadas cantando e dançando em roda |
“Pelo Telefone” é considerado o primeiro samba do Brasil. Sua gravação foi feita em 1917, composto por Mauro de Almeida e Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos). No entanto, por volta de 1920, o samba passou a ser proibido por ser algo ligado à cultura negra. Quem fosse pego cantando ou dançando corria o risco de ser preso. Só mais tarde, lá pra o início dos anos 40, o samba passou a ser visto como símbolo nacional.
Após ganhar os salões das elites, o samba começou a ser cada vez mais associado ao Carnaval, virando trilha sonora de marchinhas. Sinhô Ismael Silva e Heitor dos Prazeres são considerados dois dos principais sambistas daquela época. Grandes artistas como Carmem Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Aracy de Almeida e Francisco Alves contribuíram para deixar o samba popular no Brasil através das estações de rádio, além de compositores como Noel Rosa, Cartola, Dorival Caymmi, Ary Barroso e Adoniran Barbosa.
Uma nova geração de sambistas surge entre 1970 e 1980 e nos presenteia com nomes como Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.
No Brasil, os três sambas mais conhecidos
são o Samba da Bahia, influenciado por batuques e canções indígenas; o Samba do
Rio de Janeiro, onde é possível sentir mais a presença do maxixe e o Samba de
São Paulo com influência em sons mais graves
da percussão vindos das festas de colheitas de café das fazendas.
Os
principais tipos de samba são:
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Samba-enredo
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Samba-de-roda
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Samba de partido alto
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Samba-canção
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Samba carnavalesco
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Samba-exaltação
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Samba de breque
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Samba de gafieira
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Sambalaço
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Pagode
Alguns nomes dos maiores
sambistas brasileiros:
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Noel Rosa
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Cartola
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João Nogueira
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Beth Carvalho
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Dona Ivone Lara
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Bezerra da Silva
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Tom Jobim
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Ataulfo Alves
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Carmen Miranda
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Zé Keti
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Martinho da Vila
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Zeca Pagodinho
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Almir Guineto
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Clara Nunes
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Alfredo Del-Penho
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Demônios da Garoa
Curiosidades
- No dia 26 de novembro de 2016, o Samba completou 100 anos;
- No dia 2 de dezembro comemora-se o Dia Nacional do Samba;
- No dia 26 de novembro de 2016, o Samba completou 100 anos;
- No dia 2 de dezembro comemora-se o Dia Nacional do Samba;
- A primeira escola de samba foi a "Deixa Falar" fundada em
1928, no Rio de Janeiro.
E por falar em samba, a Negroblue não iria deixar passar batido mais
um elemento incrível da cultura negra.
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