segunda-feira, 6 de maio de 2019

Da periferia para o mundo. O rap vive!

Recentemente, um dos grandes nomes do RAP brasileiro fez aniversário: Mano Brown. O maior mensageiro da periferia completou 49 anos de idade, e muitos desses anos foram usados para falar de lutas, desigualdade, pouca segurança, violência, racismo e a realidade vivida por negros em suas comunidades. Ao lado de Edi Rock, Ice Blue e KL Jay, Brown teve um papel importante ao fundar os Racionais MC’s. Os caras faziam com que suas mensagens fossem entendidas e reconhecidas na pele de muitos. E essa pele era preta.



Afinal, não é isso o rap? Ritmo e poesia. É uma forma do preto contar suas histórias e dores e sentir livre a cada beat. Sua origem vem da Jamaica, quando por volta dos anos 60 surgiram os sistemas de sons que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos pra dar aquela animada no bairro. No início dos anos 70, a crise econômica e social bateu na ilha e muitos jovens jamaicanos foram obrigados a deixar seu país e migrar para os Estados Unidos. O DJ jamaicano Kool Herc introduziu aquele sistema de som com palavras cantadas nas ruas de Nova Iorque. A coisa foi se espalhando e popularizando adivinha pra quem? Entre as classes mais pobres.

Já no Brasil, o rap surgiu por volta dos anos 1980, na cidade de São Paulo. No começo, foi um pouco difícil porque as pessoas achavam o estilo musical violento e periférico. Já na década de 1990, a indústria fonográfica e as rádios começaram a prestar mais atenção na galera dos versos livres. A partir daí, o rap foi ganhando força e até chegou a ser utilizado pra misturar outros gêneros musicais. Sabe o movimento mangue beat? Tá tudo junto e misturado nas músicas do Chico Science & Nação Zumbi.

Hoje, o rap é mais que compromisso. O rap saiu da periferia e ganhou o mundo sem perder a sua essência. É instrumento pulsante de denúncia, empoderamento e luta do cenário negro. O rap vive! O rap é foda!

Quer levar contigo esse sentimento? A Negroblue tem o seu estilo.





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