A maneira que os escravos encontraram para contornar
essa proibição foi através do sincretismo religioso. Sendo assim, eles
associavam seus orixás aos santos católicos que mais pudessem ter semelhanças e
representar um ao outro. O sincretismo permanece até hoje, no entanto a
representação dos orixás com os santos católicos variam de cidade para cidade.
O primeiro grupo de africanos a chegar ao Brasil
foram os de origem iorubá, atual região da Nigéria, Benin e Togo. Os iorubas
pertenciam à religião do candomblé, possuindo 16 orixás cultuados.
O mesmo vale para umbanda, uma religião genuinamente brasileira e que surgiu na
década de 30 no Rio de Janeiro. Ela une elementos do candomblé, catolicismo e
espiritismo e representa as divindades com imagens diferentes. Além disso, os
umbandistas cultuam outros três espíritos: o preto-velho, o caboclo e a
pomba-gira.
Sincretismo
Como estamos no período natalino, o orixá que é
sincretizado com Jesus Cristo é Oxalá. Tanto no candomblé como na umbanda, ele
é a divindade que criou a humanidade. Também foi Oxalá quem criou o pilão para
preparar o inhame e é considerado como o criador da cultura material. É ele
quem leva compreensão e sossego e proporciona harmonia para os homens. Oxalá é
o “pai dos orixás” e está ligado ao princípio da morte e equilíbrio do universo
e é quem decide o fim de todos os seres.
Sua cor é o branco, sua saudação é o “Epa Babá”, seu
símbolo é a mão de pilão, opaxorô (cajado), seu elemento é o ar, suas comidas
são o inhame, acaçá, arroz, canjinha e cuscuz. Oxalá é quem nos proporciona
felicidade, progresso e saúde. É líder, generoso, benevolente, responsável,
confuso, ansioso e rígido.
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a sua fé ou presentear aquela pessoa querida? Então vem buscar a sua Negroblue!
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