Há 91 anos nascia um dos maiores ativistas da luta contra a
segregação racial dos Estados Unidos. Martin Luther King Jr liderava a luta
pelos direitos civis dos negros, reivindicava salários dignos e mais postos de
trabalho, defendeu o direito das mulheres, era contra a Guerra do Vietnã, entre
outros. Sua capacidade de discursar era admirável, o que ajudava a agregar mais
pessoas em suas manifestações pacíficas.
Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta, Geórgia, no dia 15
de janeiro de 1929. Seu pai e avó eram pastores da Igreja Batista. Sendo assim,
o ativista resolveu seguir os mesmos passos. King era formado em Sociologia
pela Morehouse College e também era doutor em Teologia Sistémica pela
Universidade de Boston. Lá, ele conheceu sua esposa Coretta Scott King, na
época ainda estudante de música, e com ela teve quatro filhos.
O ativismo
Assim como em muitos estados do sul dos Estados Unidos, a
cidade de Atlanta era bastante conhecida pela sua segregação. Devido as
circunstâncias em que passou sua infância e juventude, King entrou em
movimentos negros para defender o direito de igualdade civil entre brancos e
negros.
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Martin Luther King Jr. – Foto: Foto retirada do site Último Segundo |
Em 1954, depois de formado, King e Coretta se mudam para a
cidade de Montgomery, situada no estado do Alabama, onde atuou como pastor e
fez parte da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP). O
Alabama também era um estado segregador, ou seja, privava a população negra de
direitos básicos como saúde, educação, transporte público, entre outros. Em uma
dessas situações de segregação, King ajudou a liderar um boicote aos ônibus de
Montgomery. Inclusive, falamos sobre esse caso aqui no blog.
Em Montgomery, os negros eram obrigados por lei a sentar-se
no fundo dos ônibus e caso houvesse algum branco em pé, tinham que ceder os
seus lugares. Numa dessas situações, Rosa
Parks recusou-se a ceder seu lugar e foi levada presa. O movimento
de boicote aos ônibus durou 382 dias e só acabou quando a Suprema Corte Norte-Americana
proibiu a discriminação em transportes públicos.
O ativista também participou de outras campanhas
fundamentadas pelos direitos civis dos negros. Todas as suas manifestações e
campanhas eram baseadas na filosofia de não-violência de Mahatma Gandhi, líder
indiano, e na desobediência civil de Henry David Thoreau, figuras que também inspiraram
Nelson Mandela contra o Apartheid, na África do Sul.
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Martin Luther King Jr. – Foto: reprodução da internet |
Em 1957, Martin Luther King Jr. foi um dos que contribuíram
para a fundação da Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), integrada por
comunidades negras que tinham ligações com igrejas batistas. King foi o
primeiro presidente da conferência e a liderou até a sua morte. Em 1960, ele
conquistou o acesso de negros em parques públicos, bibliotecas e lanchonetes.
No dia 28 de agosto de 1963, King liderou uma das suas
manifestações mais importantes, a Marcha sobre Washington. Conseguiu reunir
cerca de 250 mil pessoas, entre elas estavam presente Rosa Parks e a artista
Josephine Baker. Em 1964, a Lei dos Direitos Civis entre negros e brancos é
garantida e no mesmo ano ele recebe o Prêmio Nobel da Paz pela luta dos direitos
civis dos negros e por usar métodos pacíficos.
“Tenho um sonho que
meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados
pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter”. – Parte do discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho) de Martin
Luther King Jr.
A Morte
Em 4 de abril de 1968, enquanto descansava na sacada do
Hotel Lorraine na cidade de Memphis, no estado de Tennesse, Martin Luther King
Jr. foi atingido por um tiro de espingarda e não resistiu. O disparo foi feito
por James Earl Ray, suspeito de ter sido contratado por políticos e outras
pessoas influentes para assassinar King. Não houve provas disso, no entanto
James Earl Ray era declaradamente racista e é provável que tenha agido por
convicção.
King recebeu uma homenagem póstuma, em 1983, onde foi
representado por sua esposa Coretta Scott King, com uma Medalha Presidencial da
Liberdade. Em 2004, também recebeu a Medalha de Ouro do Congresso Americano
pelos 50 anos da Lei dos Direitos Civis.
A partir de 1983, Ronald Regan instaurou o Dia de Martin
Luther King (Martin Luther King Day) como
feriado nacional nos Estados Unidos. Desde então, o dia 20 de janeiro passou a
ser dedicado para celebrar a história de um líder que lutou até o último
momento pela igualdade entre negros e brancos.
Frases mais conhecidas de Martin Luther King Jr.
· O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
· No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.
· Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver.
· Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele.
· Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendermos a conviver como irmãos.
Curiosidades
· Ao nascer, Martin foi registrado como “Michael King”. Mais tarde seu próprio pai mudou para “Martin King” alegando ter sido registrado incorretamente;
· Por estar em constante luta pelos direitos civis e denunciando injustiças contra os afro-americanos, King foi preso 20 vezes e atacado outras 4;
· Seu assassino, James Earl Ray, confessou o crime, mas depois repudiou a própria confissão.
Frases mais conhecidas de Martin Luther King Jr.
· O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
· No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.
· Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver.
· Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele.
· Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendermos a conviver como irmãos.
Curiosidades
· Ao nascer, Martin foi registrado como “Michael King”. Mais tarde seu próprio pai mudou para “Martin King” alegando ter sido registrado incorretamente;
· Por estar em constante luta pelos direitos civis e denunciando injustiças contra os afro-americanos, King foi preso 20 vezes e atacado outras 4;
· Seu assassino, James Earl Ray, confessou o crime, mas depois repudiou a própria confissão.
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